sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Câmara de Itapirapuã cria CPI e afasta vereadora.

Suplente Tirézio assume mandado
de vereador.
A Câmara Municipal de Itapirapuã, em sessão do dia 22 de agosto afastou, por um prazo de até noventa dias, a vereadora Elizabete Silvério, a Bete. O afastamento da vereadora, que não deixará de receber o salário, ocorreu devido à instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Investigação), na mesma sessão, para investigar denúncia feita na Câmara Municipal, por suposta prática de falta de decoro na sua conduta pública. Foi empossado o suplente, agora vereador Tirézio Aparecido da Silva, da mesma agremiação partidária, o PMDB.



A CPI criada pela Câmara Municipal, ficou composta pelos vereadores Juninho da Ambulância (presidente), Olaércio de Morais (relator) e Benedito Rangel (membro). A CPI tem um prazo de noventa dias para concluir os trabalhos e apresentar relatório pelo retorno ou afastamento definitivo da vereadora.

 
A DENÚNCIA


O veículo do município, danificado.
O denunciante alega que na madrugada do dia 01 de janeiro de 2011, dia de ano novo, na BR-070, trecho Itapirapuã/Jussara, o veículo Santana, placa KEZ-1002, de propriedade do município de Itapirapuã-GO, envolveu-se num acidente, capotando e ficando bastante danificado, o que causou prejuízo ao erário público. De acordo com a denúncia, o veículo estaria sendo dirigido pela vereadora Elizabethe Silvério, que se fazia acompanhar por mais 3 pessoas, sendo uma delas, sua filha. O agravante se dá pelo fato da vereadora não ser funcionária, nem habilitada para dirigir veículos do município, e ainda por estar usufruindo de bem público, fora de expediente a altas horas da noite, ferindo assim princípios que devem nortear a vida do agente político, faltando com o decoro na sua conduta pública. Por usar um carro oficial, transparece que a vereadora estaria abusando de suas prerrogativas de vereadora, para ter vantagens ilícitas e imorais, e danificando o patrimônio público, já que não se sabe de nenhuma providência tomada para ressarcir o município pelo prejuízo a ele causado. No final o denunciante, fazendo valer os direitos de cidadania, solicita à Câmara Municipal que sejam tomadas as devidas providências e necessárias medidas para proibir que vereadores continuem a dilapidar o patrimônio Público, com atos irreparáveis.

 
A SESSÃO


O plenário da Câmara foi completamente tomado por pessoas favoráveis ou contrárias ao afastamento da vereadora denunciada. O debate, entre vereadores da situação e oposição, bastante exaltado, às vezes pairando debaixo de níveis desagradáveis e inaceitáveis, com completa falta de preparo e educação por parte de alguns edis em defesa da vereadora. Fatos remotos e inoportunos foram trazidos à baila dos discursos, num afã desesperado de agressão a vereadores da oposição. Policiais militares foram solicitados e garantiram a serenidade nos ânimos de alguns vereadores, numa sessão que foi transmitida ao vivo pela Rádio Rio Bonito 88,5 fm.

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